13 - O serviço tributário dos Negócios Duradouros
- Paloma Soares
- 17 de mai. de 2024
- 2 min de leitura

O Mercado
Será que é possível a Governança Tributária ser tão significativa na avaliação de uma empresa perante o mercado?
A Revista Científica Hermes publicou um artigo baseado na avaliação do efeito da Governança Tributária sobre o custo de capital próprio das empresas brasileiras listadas na B3 no período de 2012 a 2016.

Esse estudo apontou que ''os investidores exigem uma menor taxa de retorno devido aos efeitos positivos do fluxo de caixa gerado pelo gerenciamento tributário realizado pelas empresas, pois perceberam que empresas menos agressivas, fiscalmente falando, arcam com custo de dívida maior''; ou seja, os investidores analisam o nível de organização tributária das companhias, e quando não há boas práticas de gerenciamento tributário, maior é o custo exigido na aplicação dos capitais.
"Assim, o modelo estatístico e a adequação teórica utilizadas nesta pesquisa evidenciam que a variação no custo de capital próprio das empresas analisadas pode ser explicada pela adoção de boas práticas de governança tributária. Desse modo, a pesquisa sugere que as boas práticas de redução da carga tributária pelas empresas têm influência significativa e positiva sobre os investidores, no caso desta pesquisa, sobre a taxa de retorno que estes exigem ao aplicarem seus recursos".

No setor metalúrgico, um estudo apontou que a Governança Tributária é uma forma de buscar um diferencial competitivo no mercado, e, consequentemente, melhoria nos resultados:
"Após análise, foi possível verificar essas características na empresa em questão, sendo que ela obteve um crescimento rápido e foi se adequando aos princípios da Governança Tributária. Sendo assim, conclui-se que a adoção da prática da Governança Tributária é um fator diretamente relacionado à competitividade da empresa, que proporciona estratégias empresariais que contribuem para o sucesso e perpetuidade dos negócios, resultando na redução ou até mesmo, na eliminação de riscos tributários."

Para uma empresa do setor de combustíveis, um outro estudo pontuou que as políticas de governança permitiriam gozar de seus benefícios e traria mais segurança para empresa, minimizando as falhas apontadas e diminuindo os riscos, a fim de contribuir para a prosperidade dos negócios. E ressaltou:
"O fato de a empresa não possuir uma auditoria externa pode diminuir a confiabilidade de seus demonstrativos, pois suas informações são conferidas exclusivamente pelo contador, que pode ter algum vício ou cometer algum equívoco devido à rotina assoberbada de um escritório. Contratar uma empresa de auditoria externa traria mais credibilidade e seria um importante passo para a empresa adequar-se às boas práticas de Governança Tributária. Vendo a grande importância desse tema, seria de grande utilidade para todas as empresas, as pequenas, as médias e as de grande porte as boas práticas de Governança Tributária, pois quando bem aceito dentro de uma organização, pode reduzir tempo (evitando fazer serviços dobrados), o que maximizaria o desempenho dos funcionários e possivelmente poderia reduzir o ônus tributário. Por fim, a Governança Tributária é um recurso que já deveria estar presente no cotidiano de todas as organizações."
Mais uma vez, observa-se como a Governança Tributária gradativamente coloca as empresas em destaque no mercado, transmitindo o refinamento que se espera do longo prazo.
Ainda, de maneira muito eclética, é capaz de atender aos mais conservadores e aos mais revolucionários, como será visto agora.
Lá vem ouro. Dessa vez, o ouro do século XXI.
Até aqui você viu:
- Como o mercado reage às empresas que têm ou não a Governança Tributária
- https://www.redalyc.org/journal/4776/477658117001/html/
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/2656/1/Cintia%20Mateus%20Porto.pdf
http://200.18.15.28/bitstream/1/5824/1/Karoline%20Pinto%20dos%20Santos.pdf

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